Tainá Marajoara nunca estudou gastronomia, mas conhece a cozinha da floresta como ninguém. A paraense de 36 anos começou sua relação com a culinária por interferência de sua família, mas especificamente das mulheres de suas famílias – mãe, avós, bisavós – todas criadas em uma cultura indígena em que a comida é remédio e tradição. Hoje a luta de Tainá é pela valorização da cultura dos povos amazônicos através da culinária da floresta. O termo, cunhado pela cozinheira, remonta uma culinária não só de ingredientes crioulos, mas também uma gastronomia que valoriza o pequeno produtor. No diálogo gastronômico do dia 22 de Maio de 2017, Tainá debateu suas ideias em uma roda de conversa com os alunos da UFRJ. Como experiência prática, apresentou ingredientes típicos de suas terras, como guaraná, cupuaçu, cacau e tacacá.