Por André Luiz Santos Costa
O movimento que pode levar diversos nomes, como farm-to-table, do campo à mesa, da roça à mesa, farm to fork, do campo ao garfo, dentre outros, tem como intuito principal, conectar diretamente o produtor com o consumidor final, diminuindo a cadeia do alimento. Essa simples ação pode promover: uma melhoria na qualidade e diversidade do alimento, maior suporte à produção familiar e pequenas produções, alimentação com produtos da safra, além de evitar gastos e perdas com transporte e armazenamento de alimento por longos períodos de tempo até chegar ao consumidor final (ROCHADEL, 2019).
Pesquisadora da Utah State University (BRAIN, 2012) listou alguns benefícios de consumirmos produtos locais:
- Econômico: produtores conseguem melhor retorno financeiro vendendo diretamente para o consumidor final, além de manter o capital dentro da comunidade onde é efetuada a venda, fomentando o comércio local;
- Ambiental: há preservação de pequenas propriedades de produção de alimento, além de diminuir o consumo elevado de combustível no transporte, junto aos problemas associados a essa locomoção, e ainda preserva a diversidade local de espécies alimentares;Mental e físico: aumenta a segurança do alimento e a probabilidade de se fazer um consumo mais saudável;
- Social: ao comprar diretamente com quem produziu o alimento, é possível saber exatamente por quais processos o alimento passou até chegar ali, e não somente após a obtenção.
Além de para dentro das residências, o movimento funciona buscando a promoção de uma alimentação local através de restaurantes, hotéis e outros empreendimentos de alimentos e bebidas. Alguns restaurantes fazem a obtenção de seus produtos de comércios e produtores locais, impulsionando a economia local e trazendo mais qualidade e segurança para o que é servido. Contudo, é importante se atentar para alguns empreendimentos podem usar o movimento para enganar consumidores; para isso procure sempre saber de onde é de fato aquele alimento e se vem de uma produção local mesmo (JOHNSON, 2015).
Referências
BRAIN, Roslynn. The Local Food Movement: Definitions, Benefits & Resources. Utah State University: Department of Environment & Society, Set 2012.
JOHNSON, Troy. Farm to Fable: Deception, fraud, and honest mistakes in the farm-to-table movement. San Diego Magazine, 24 jun 2015. Disponível em: https://www.sandiegomagazine.com/features/farm-to-fable/article_47c3712e-7178-5260-9a66-ae0f0d86f5a0.html. Acesso em: 07 set 2021.
ROCHADEL, André. Artigo: farm to table 2.0 é a mais moderna tendência da gastronomia. Metrópolis, 07 abr 2019. Disponível em: https://www.metropoles.com/gastronomia/comer/artigo-farm-to-table-2-0-e-a-mais-moderna-tendencia-da-gastronomia. Acesso em: 07 set 2021.