Por Raquel Lima R. do Nascimento
O estresse e a ansiedade são condições que estão presentes na vida de muitas pessoas, quase sempre sendo confundidos como sinônimos. Para entender as causas, é preciso que esses termos sejam esclarecidos de forma correta. O estresse geralmente está relacionado a qualquer situação ou pensamento que provoque nervosismo, tendendo a passar de forma espontânea. Ele se torna um problema apenas quando passa a ser intenso e recorrente, nesse caso já é caracterizado como ansiedade; um transtorno que é marcado por uma preocupação excessiva, angústia, medo e insegurança com determinadas situações em vários contextos. Qualquer pessoa pode se sentir ansiosa, mas essa ansiedade, quando normal, tende a passar. A origem da ansiedade pode estar relacionada a desequilíbrios químicos do cérebro, traumas e até falta de suporte familiar. Tanto o estresse quanto a ansiedade podem ser tratados de várias formas, uma delas é a alimentação, que pode ser uma grande aliada nesse processo.
Um dos hormônios relacionados ao estresse e a ansiedade é o cortisol. O cortisol desempenha algumas funções no nosso organismo, como regular o metabolismo, reduzir a inflamação, controlar a pressão arterial, contribuir para o funcionamento do sistema imunológico, entre outros. Ele é intimamente associado ao estresse porque nessas situações é liberado pelas glândulas supra renais, justamente para que possa atuar como um mecanismo de proteção no corpo. Mas é importante ressaltar que o cortisol é saudável por um curto período de tempo, ou seja, ele concede energia para que o corpo reaja ao estresse por um curto prazo. Quando em excesso no organismo, o cortisol atua de maneira oposta ao esperado, gerando inflamação, aumento da pressão arterial, depressão e instabilidade emocional, entre outros sintomas.
Uma boa alimentação é necessária para controlar os níveis de estresse e ansiedade. Alimentos ricos em vitamina B como carne, frango e cereais podem ajudar no metabolismo do cortisol; Alimentos ricos em ômega 3, como abacate, sementes de chia e linhaça, sardinha e azeite são exemplos de alimentos que reduzem a inflamação. Em alguns estudos, a deficiência de vitamina D está associada a sintomas de ansiedade, sendo importante então o consumo de salmão e sardinha para aumentar seus níveis.
Um outro hormônio que pode ajudar para controle do stress e ansiedade está presente no ovo, excelente fonte de proteína e rico triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é um hormônio que ajuda a regular o humor, sono, memória e comportamento.
Os fosfolipídios também entram nessa corrente de ajuda e, comprovadamente, desempenham grande papel na resposta ao estresse ou à ansiedade. Ele está presente no leite, nozes, pistache, limão, lentilhas, iogurte, camomila, chá verde, castanha-do-pará, cacau, folhas escuras (couve, espinafre, brócolis), cereja e frutas cítricas. Todos são exemplos de alimentos cujo consumo é recomendado, de preferência com o acompanhamento de uma nutricionista para indicar a combinação correta dos alimentos e a quantidade ideal para cada pessoa.
Referências
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